sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MUSICA


Música (do grego-musiké techne, a arte das musas) é uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar uma sucessão de bens e silêncio agradável, ritmada e organizada ao longo do tempo.
É considerado por diversos autores como uma pratica cultural e humana. A criação o desempenho, a significância e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música pode ser dividida em gêneros e subgêneros, e classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculos.
A música se expandiu ao longo dos anos e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como militar, educacional ou terapêutica.
A história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana. A música também pode ser definida como uma forma de linguagem, que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo a alguém.

Como era a Música antigamente...

A música desta época estabeleceu a base para todo o desenvolvimento musical posterior.
As primeiras civilizações musicais se estabeleceram principalmente nas regiões férteis, ao longe das margens de rios na Ásia Central , como as aldeias no vale do Jordão, na Mesopotâmia, Índia, Egito e China.
Os primeiros textos destes grupos apresentam a música como atividade ligada a mágica, á saúde , á meta-física e até á política destas civilizações, tendo papel freqüente em rituais religiosos, festas e guerras.
Antigamente era instrumentos simples, pequenas aglomerações de pessoas, o cenário era totalmente natural, som somente dos instrumentos e cantavam a maioria das vezes pela cultura.

Como é a música agora...

Hoje a música só existe quando executada ou reproduzida, por isso a atuação é seu aspecto mais importante. Enquanto não executada a música é apenas potencial. É na execução que ela se torne existente. A atuação pode se estender da improvisação de solos, ás bem organizadas apresentações repletas de rituais. O executante é o músico, que pode ser um instrumentista ou cantor.
Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada á sua vida.
A execução musical pode ocorrer em um contexto íntimo ou mesmo solitária, mas é comum que ocorra dentro de um evento ou espetáculo. Entre os eventos mais comuns estão as festas,concertos, shows, óperas, espetáculos de dança entre outros. Cada evento tem características próprias e normalmente obedece a um ritual específico.
Eventos mais teatrais como o concerto e a ópera exigem do público uma atitude contemplativa e silenciosa enquanto que um show de rock ou uma roda de samba presumem a participação ativa do público na forma de canto e dança.
Agora na atualidade são instrumentos eletrônicos, grandes shows, grandes efeitos especiais, som completamente amplificado e cantam a maioria das vezes por dinheiro.

AS MUSICAS MAIS PEDIDAS
As músicas mais pedidas
(período de 27/07/2009 á 03/08/2009)

1º Faça Alguma Coisa(Zezé Di Camargo e Luciano)
2º Deus e eu no Sertão (Vitor e Leo)
3º Tarde Demais (César Menotti e Fabiano)
4º Tocando Em Frente (Daniel)
5º Amor Não Vai Falar (Bruno e Marrone)
6º Chora, Me Liga (João Bosco e Vinícius)
7º Vou te Amar (Hugo Pena e Gabriel)
8º Apa (Grupo Tradição)
9º Esse Alguém Sou Eu (Leonardo)
10º Você Foi Atriz (Eduardo Costa)

Caetano Veloso Grava com Vitor Ramil

O cantor e compositor Caetano Veloso Gravou uma participação especial no CD que o gaúcho Vitor Ramil lançará em breve. Os dois cantam juntos “Milonga de los Morenos”, música de Vitor para o poema do escritor argentino Jorge Luis Borges. O novo disco foi quase todo gravado na Argentina e traz 12 milongas compostas por Vitor para poemas de Borges e João da Cunha Vargas. Um DVD documental acompanha o CD com registros de ensaios e gravações na Argentina e no Brasil, além de uma música extra.

O novo disco de Vitor Ramil

Estão quase finalizadas as gravações do novo disco de Vitor Ramil. O trabalho, ainda sem titulo, está sendo produzido em Buenos Aires, Argentina.
Borges e Vargas estariam completando 110 anos em 2009 e 210, respectivamente.
O disco terá, portanto, um caráter de homenagem a esses poetas tão diferentes entre si, mas ao mesmo tempo tão importantes para o imaginário do Rio Grande do Sul.
O repertorio consta de dez milongas inéditas, Milonga de Albornoz, Chimarrão, Milonga de los morenos, Mango, Milonga de dos hermanos, Tapera, Um cuchillo em el Norte, Pé de espora, Milonga para los orientales e Pingo á soga, e de duas regravações, Deixando o pago e Milonga de Manuel Flores. A produção é do próprio Vitor Ramil, e o violonista argentino Carlos Moscardini é o único músico convidado.
As gravações acontecem no estúdio Circo Beat, em Buenos Aires.
A produção está sendo documentada em vídeo, incluindo ensaios, gravações, mixagens, depoimentos, viagens e visitas a lugares citados nas milongas ou em que os poetas viveram. O documentário será editado em DVD, trazendo uma música extra, e acompanhará a edição do CD como um bônus.


Musica mais conhecida de Vitor Ramil....

Satolep
Noite
No meio de uma guerra civil
O luar na janela
Não deixava a baronesa dormir
A voz da voz de Caruso
Ecoava no teatro vazio
Aqui nessa hora é que ele nasceu
Segundo o que contaram pra mim

Joaquim era o mais novo
Antes dele havia seis irmãos
Cresceu o filho bizarro
Com o bizarro dom da invenção
Louco, Joaquim louco
O louco do chapéu azul
Todos falavam e todos sabiam
Quando o cara aprontava mais uma

Joaquim, Joaquim
Nau da loucura no mar das idéias
Joaquim, Joaquim
Quem eram esses canalhas
Que vieram acabar contigo?

Muito cedo
Ele foi expulso de alguns colégios
E jurou: “Nessa lama eu não me afundo mais”
Reformou uma pequena oficina
Com a grana que ganhara
Vendendo velhas invenções
Levou pra lá seus livros, seus projetos
Sua cama e muitas roupas de lã
Sempre com frio, fazia de tudo
Pra matar esse inimigo invisível

A vida ia veloz nessa casa
No fim do fundo da América do Sul
O gênio e suas máquinas incríveis
Que nem mesmo Julio Verne sonhou
Os olhos do jovem profeta
Vendo coisas que só ontem fui ver
Uma eterna inquietude e virtuosa revolta
Conduzindo o libertário

Dezembro de 1937
Uma noite antes de sair
Chamou a mulher e os filhos e disse:
“Se eu sumir procure logo por mim”
E não sei bem onde foi
Só sei que teria gritado
A uma pequena multidão
“Ao porco tirano e sua lei hedionda
Nosso cuspe e o nosso desprezo!”

Joaquim, Joaquim
Nau da loucura no mar das idéias
Joaquim, Joaquim
Quem eram esses canalhas
Que vieram acabar contigo?

No meio da madrugada, sozinho
Ele foi preso por homens estranhos
Embarcaram num navio escuro
E de manha foram pra capital
Uns dias mais tarde, cansado e com frio
Joaquim queria saber onde estava
E num ar de cigarros
De uns lábios de cobra, ele ouviu:
“Estas onde vais morrer”

Jogado numa cela obscura
Entre o começo do inferno e o fim do céu
Foi assim que depois de muitas historias
A mulher enfim o encontrou
E ele ainda ficou ali por mais dois anos
Sempre um homem livre apesar da escravidão
As grades, o frio, mas novos projetos
Entre eles um avião

O mundo ardia na guerra
Quando Joaquim louco saiu da prisão
Os guardas queimaram
Os projetos e os livros
E ele apenas riu, e se foi
Em satolep alterou o trabalho
Com longas horas sobre o sol
Num quarto de vidro no terraço da casa
Lendo Artaud, Rimbaud, Breton

Joaquim, Joaquim
Nau da loucura no mar das idéias
Joaquim, Joaquim
Quem eram esses canalhas
Que vieram acabar contigo?

No inicio dos anos 50
Ele sobrevoava o Laranjal
Num avião construído apenas das lembranças
Do que escrevera na prisão
E decidido a fazer outros, outros e outros
Joaquim foi ao Rio de Janeiro
Aos órgãos certos, os competentes de coisa nenhuma
Tirar um licença

O sujeito lá
Responsável por essas coisas, lhe disse:
“ Esta tudo certo, tudo muito bem
O avião é surpreendente, eu já vi
Mas a licença não depende só de mim”
E a coisa assim ficou por vários meses
O grande tolo lambendo o mofo das gravatas
Na luz esquecida das salas de espera
O louco e seu chapéu

Um dia
Alguém lhe mandou um bilhete decisivo
E, claro, não assinou embaixo
“Desiste”, estava escrito
“Muitos outros já tentaram
E deram com os burros n’água
É muito dinheiro, muita pressão
Nem Deus conseguiria”
E o louco cansado o gênio humilhado
Voou de volta pra casa

Joaquim, Joaquim
Nau da loucura no mar das idéias
Joaquim, Joaquim
Quem eram esses canalhas, covardes
Que vieram acabar contigo?

No final de longa crise depressiva
Ele raspou completamente a cabeça
E voltou á velha forma
Com a força triplicada
Por tudo o que passou
Louco, Joaquim louco
O louco do chapéu azul
Todos falaram e todos sabiam
Que o cara não se entregava

Deflagrou uma furiosa campanha
De denuncias e protestos
Contra os poderosos
Jogou livros e panfletos do avião
Foi implacável em discursos notáveis
Uma noite incendiaram sua casa
E lhe deram quatro tiros
Do meio da rua ele viu as balas
Chegando lentamente

Os assassinos fugiram num carro
Que como eles nunca se encontrou
Joaquim cambaleou ferido alguns instantes
E acabou caído no meio-fio
Ao amigo que veio ajuda-lo, falou:
“Me de apenas mais um tiro por favor
Olha pra mim, não há nada mais triste
Que um homem morrendo de frio”

Joaquim, Joaquim
Nau da loucura no mar das idéias
Joaquim, Joaquim
Quem eram esses canalhas
Que vieram acabar contigo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário